Alimentos a consumir e a evitar, com benefícios para prevenir ou minimizar problemas de tiróide

ALIMENTOS A CONSUMIR, COM BENEFÍCIOS PARA PREVENIR OU MINIMIZAR PROBLEMAS DE TIRÓIDE:

1. Peixe, principalmente de águas frias e profundas do oceano. Além de serem ricos em ácidos gordos ómega-3, são excelentes fontes de iodo, fundamental para o funcionamento da glândula tiróide, além de minerais como o selénio e o magnésio.

2. Consuma alimentos ricos em iodo. O iodo é necessário, em pequenas quantidades, para a função da glândula tiróide, assim como o metabolismo das gorduras, produção de hormonas sexuais e uma série de processos bioquímicos.
Cãibras musculares, dores de cabeça, depressão, pés frios, mãos geladas e ganho de peso podem ser sinal de deficiência dessa substância. Deficiências de iodo podem aumentar a susceptibilidade para doenças como o cancro de mama e outras disfunções.
Alguns alimentos ricos em iodo são: frutos do mar, sal não refinado, algas marinhas, caldo de peixe caseiro, manteiga (não margarina), abacaxi, alcachofra, espargos e uma série de verduras de coloração mais escura. Para que possa ser utilizado pelo organismo, o iodo requer níveis adequados de vitamina A, que são obtidos através da ingestão de manteiga e gorduras de origem animal em moderação (de animais criados ao ar livre, e não em cativeiro ou à base de ração).

Quanto ao consumo de algas, deve ter em atenção:

  • Embora as algas marinhas sejam ricas em iodo e uma série de outros minerais, seu consumo excessivo pode causar intoxicação pelo próprio iodo. Essa preocupação com excesso só existe em quem decide comer doses altas de algas, muitas vezes só porque leu e interpretou mal algum artigo sobre alimentação e tiróide. Não. A sugestão aqui é usar algas no dia a dia sim, porém como tempero e não como prato principal.
  • Algumas pessoas não possuem a enzima capaz de digerir o hidrato de carbono complexo presente nas algas.
  • Muitas algas comerciais são tratadas com pesticidas e fungicidas durante o processo de secagem e armazenamento, por esse motivo é importante que conheça os métodos utilizados pelo seu fornecedor.
  • Por fim, recomenda-se deixar as algas de molho por um período de 6 h para auxiliar a sua digestão.

3. Prepare caldo de peixe em casa, à moda dos nossos ancestrais, utilizando carcaças e cabeças, ricas em minerais, inclusive o iodo. Além disso, as cabeças dos peixes são fontes diretas de hormonas da tiróide, além de outras substâncias que nutrem essa glândula.
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4. Inclua ovas de peixe na sua alimentação. As ovas são valorizadas pelos povos primordiais, pela sua capacidade de auxiliar a prevenir problemas da tiróide, promover a fertilidade e nutrir mulheres grávidas e crianças em fase de crescimento.

5. Carne de pasto pela presença de Ferro biodisponível.

6. Crucíferas, algumas verduras cruas que contêm substâncias naturais chamadas Glicosinolatos, as quais, se consumidas em exagero, podem interferir negativamente com a produção de hormonas da tiróide. Entre estas verduras estão: couves , brócolos, couve-de-bruxelas, couve-flor e espinafre. Evite o seu consumo diário na forma crua. Para neutralizar esse efeito potencialmente prejudicial à tiróide, basta cozinhar essas verduras, ligeiramente, no vapor, em água ou em sopas, ou saltear essas verduras na manteiga.

ATENÇÃO!

EM PEQUENAS QUANTIDADES, PODE-SE CONSUMIR ESSAS VERDURAS CRUAS, POIS SOMENTE QUANDO CRUAS ELAS POSSUEM IMPORTANTES PROPRIEDADES ANTI-CANCERÍGENAS (DEVIDO A PRESENÇA DOS GLICOSINOLATOS QUE SÃO NEUTRALIZADOS PELO COZIMENTO). O SEGREDO ESTÁ EM NÃO CONSUMI-LAS CRUAS EM GRANDE QUANTIDADE DIARIAMENTE E COZINHÁ-LAS CERCA DE 10 MIN, DE ACORDO COM AS INDICAÇÕES PESSOAIS DO SEU NUTRICIONISTA.

7. Consuma leguminosas, cereais e sementes integrais que tenham sido deixados de molho por 7 a 24 h, em água com gotas de limão ou 1 colher (sopa) de vinagre de cidra. Sementes de girassol são uma boa fonte de Zinco.
Exº  com o feijão, arroz integral, grão-de-bico, lentilhas, trigo-sarraceno, aveia (sem contaminação cruzada de glúten) e todas as leguminosas, sementes e cereais que consumir e sejam aconselhados.
Este procedimento neutraliza substâncias potencialmente prejudiciais à tiróide, denominadas anti-nutrientes. A únicas oleaginosas que não obedecem esta regra é a soja e amendoim, pois seus anti-nutrientes não são neutralizados por tais procedimentos, por essa razão, seu consumo deve ser evitado.
No caso das leguminosas após demolhar deve-se deixar germinar e cozinhar na panela de pressão depois.

8. Castanha do Brasil ricas em Selénio por uma dose moderada, não exceder pela presença de Arsénio de consumida em doses elevadas.

O QUE EVITAR:

1. Minimize o consumo de açúcar e farináceos.

2. Soja pela presença de Isoflavonas, genisteína e daidzeína, substâncias que possuem atividade anti-tiroideia demonstrada cientificamente. Pesquisas mostram que as isoflavonas da soja são potentes inibidores da função tiroideia, seguidas pela daidzeína e, em terceiro lugar, a genisteína. Se você tem Hipotiroidismo ou outra doença na tiróide, uma das primeiras medidas úteis é cortar totalmente o uso de soja da alimentação.
Atenção que a soja é utilizada em mais de 60% dos alimentos industrializados (é necessário ler os rótulos, como: salsichas, peito de peru, carne processada para hambúrgueres, barras de cereais e até chocolates), seja na forma de proteína, óleo, lecitina, etc. A soja possui grandes quantidades dos seguintes anti-nutrientes.

3. Ácido Fítico, que se liga a importantíssimos minerais da alimentação, especialmente o zinco, cálcio, magnésio e outros minerais importantes para o bom funcionamento da tiróide e do organismo como um todo, dificultando sua absorção.

4. Inibidores da tripsina, a tripsina são uma enzima importante do nosso organismo, utilizada no processo de digestão. Digestão inadequada significa aporte inadequado de nutrientes para a tiróide e restante organismo.

5. Açúcar, Farináceos e Glúten
O delicado mecanismo de controle dos níveis de açúcar no sangue (glicemia) requer uma ação muito bem coordenada entre a insulina do pâncreas e outras hormonas de diversas glândulas, entre as quais as adrenais e a tiróide.
Quando o açúcar e o amido são ingeridos na sua forma natural, não refinada, como parte de uma refeição contendo gorduras e proteínas saudáveis e nutritivas, a sua digestão ocorre mais lentamente, permitindo que o açúcar entre na corrente sanguínea ao de forma gradual, ao longo de várias horas.

Se o organismo permanecer sem comida durante muito tempo, o nosso mecanismo de controle aciona as reservas de açúcar armazenadas no fígado.

Assim, esse fantástico processo de regulação do açúcar no sangue garante às células um suprimento uniforme e constante de glicose. Em consequência, o organismo como um todo se mantém estável, física e emocionalmente.

Por outro lado, quando consumimos açúcar e farináceos refinados como pães, bolachas, bolos, doces e massas, desacompanhados de gorduras e proteínas em proporções significativamente maiores, provocamos um aumento súbito do açúcar na corrente sanguínea. Em resposta, ocorre uma produção de quantidades altas (picos) de insulina, hormonas da tiróide e vários outros, na tentativa de baixar o açúcar do sangue para níveis aceitáveis.

Tal situação é exacerbada pelo fato de uma dieta rica em açúcar e farináceos refinados ser pobre em vitaminas, minerais e enzimas, elementos necessários para a manutenção adequada das glândulas (a tiróide é apenas uma delas) e suas hormonas, que uma vez desequilibradas, provocam a manifestação de dores de cabeça, alergias, obesidade, depressão, distúrbios comportamentais e de aprendizagem.
Caso do Glúten, presente no Trigo, Centeio, Cevada (aveia não costuma causar efeitos prejudiciais) aumenta a permeabilidade intestinal e afeta o sistema imunitário na presença de uma tiroidite.

6. Óleos Vegetais Comuns
A campanha contra as gorduras saturadas e a favor dos óleos vegetais poliinsaturados (canola, milho, soja, margarina, girassol, etc) na culinária é boa apenas para a indústria alimentícia e não para a nossa saúde.
Quase todos os alimentos industrializados, incluindo pães, bolachas, salgados, batatas fritas, molhos, doces, produtos com ligth, maioneses, gelados, cereais, algumas bebidas vegetais contêm gorduras vegetais poliinsaturadas e/ou hidrogenadas.
Até mesmo a assim chamada gordura saturada do frango, porco e carnes de bois criados em confinamento, encontra-se alterada devido à alimentação desses animais à base de ração de soja, milho e outros produtos ricos em ácidos gordos (gorduras) poliinsaturados.
Acontece que, entre outros problemas, as gorduras poliinsaturadas inibem a libertação da hormona da tiróide.
Como? Através da inibição de enzimas proteolíticas. Essas enzimas são importantes na digestão de proteínas. Sem elas, a digestão da proteína coloidal que é libertada pela tiróide e guarda dentro de si as suas hormonas, é prejudicada. Sem a digestão do colóide, não há libertação das hormonas.
A hormona da tiróide é essencial na fabricação, a partir do colesterol, de uma série de hormonas esteroides, como a progesterona, pregnenolona e o DHEA, conhecido como hormona do anti-envelhecimento. Na insuficiência tiroideia (hipotiroidismo), o colesterol, matéria-prima de todas as hormonas esteroides, pode se acumular e se elevar. E com a diminuição da progesterona, aumenta uma dominância estrogénica, que contribui para a atual epidemia de TPM, cólicas menstruais, quistos nos ovários, nódulos mamários e cancro.

7. Crucíferas Cruas em excesso ou consumo diário
Pela presença dos Glicosinolatos, como explicado antes. Consumir com moderação.

8. Outros alimentos Bociogénicos a consumir com moderação são: milho, amêndoas, mandioca, amendoim, pêssegos, morangos, entre outros. Aconselhe-se sempre com o seu nutricionista e siga os procedimentos mais indicados.

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